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sábado, 5 de março de 2011

Origem do Carnaval

               
      Sabe-se de muitas versões, a maioria advinda de antigas cerimônias religiosas do Mundo Antigo. No entanto, hoje li um interessante texto na internet, escrito pelo pensador argentino,  Carlos Bernardo González Pecotche, pai da Logosofia, que divido aqui com meus amigos leitores, de forma resumida.
      Conta a lenda, que certo Rei de uma poderosa dinastia Egípcia, atento ao comportamento e a tudo que respeitasse à psicologia de seus súditos, cercava-se de sábios para conversações que objetivavam aperfeiçoar os conhecimentos e a moral de seu povo. Dentre outras medidas de menor impacto, resolveu: 
  — Vamos fazer uma experiência: decretaremos uma semana de inteira liberdade, para que todos se fantasiem daquilo que mais anseiam ser. Vamos fornecer-lhes trajes que caracterizem os desejos que em particular possam ter, a fim de que escolham o de sua exclusiva predileção. Háverá música e bebida!
    Foi pois confeccionado e distribuído todo o tipo de veste que representasse personagens, mesmo aqueles imateriais, como anjos e semideuses. Avisou-se ao povo que no final da semana o Rei iria presenciar, juntamente com  sua Corte o desfile das fantasias. A intenção, pois, era a de  conhecer, por meio dos trajes, as aspirações íntimas dos súditos.
    Surpreso o Rei constatou que a maioria dos fantasiados escolheram vestes de Diabo! O Senhor do inferno, capaz do  realizar os desejos mais íntimos e impossíveis dos homens com o fito de possuir suas almas e submetê-las a seus sinistros desígnios. Mas quando o Rei viu todos aqueles diabinhos armados com seus tridentes, fez preparar uma enorme fogueira e os intimou a que dançassem sobre as brasas, como faria o próprio Diabo. Tal convite resultou em  verdadeira debandada: as capas vermelhas esvoaçavam e desapareciam rapidamente.
    Conclusão moral:   "A força de atração que os fatos espetaculares exercem sobre o homem, produto de sonhos quiméricos ou, ainda mais claro, de sonhos que ele acaricia em relação a súbitas transformações de seu ser em protagonista de acontecimentos deslumbrantes, não lhe permite pensar com sensatez que, em cada posição que aspire a conquistar, deve existir uma razão que, por sua vez, lhe permita mantê-la, e essa razão é saber ser o que se quer ser. O que menos ele pensa é que mais lhe valeria ser consciente daquilo que sabe, para deixar de ser um inconsciente instrumento de sua imaginação."                       
     (Fundação Logosófica,  www.logosofia.org.br)

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