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terça-feira, 30 de novembro de 2010

LIVRINHO DE POESIAS

   As meninas de minha infância e início de adolescência todas tinham seus livrinhos de poesisas ou, como algumas chamavam, livrinho de recordações. Levávamos a preciosidade por onde íamos sempre a oferecer aos amigos e parentes para que deixassem um recadinho. Professores, pequenos pretendentes e mesmo padres também grafaram em pouco de si no papel. O meu, de capa verde e dura com letras douradas (Recordações), me foi dado de aniversário de dez anos por um tio e primos, nos idos de Santo Ângelo. Lá, em suas páginas já amareladas, dormem mensagens pueris, poeminhas inocentes, conselhos afetuosos, frases ilárias que a memória sabe de cor.  No entanto, a ternura, simplicidade, meiguice e amor do recado de meu pai ficou registrado  forever na ponta da língua. Recito pra mim mesma quando triste ou carente(rsss) e de imediato aqueço o coração:

            L INDA FLOR QUE DO BOTÃO SAI
            I GUAL AS MINHAS OUTRAS FLORES
            A MA SEMPRE TEU PAPAI
            N UNCA ESQUEÇAS POR ONDE FORES
            A  MAMÃE DE TEUS AMORES

DIA DAS MÃES NO NATAL

   Bruno sempre escreveu bem, sempre se expressou bem, sempre deixou fluir espontaneamente as "Coias do Coração" na sua ânsia e imediatividade de viver, na pureza terna de seus sentimentos. É só coração...
...
OBRIGADA!

DIA DAS MÃES II

   Lorenzo só tinha 07 anos, sempre serelepe e feliz, teve de controlar sua habitual agitação pra fazer o desenho. Hoje, menino/homem, se aventura no outro lado do mundo cheio de expectativas e sonhos, segue destemido e alegre a sua busca...

      Jú foi criativa ao me desenhar usando  meu nome e, aos 08 anos, me via   assim:

                                 Sentimentos são "Coisas do coração"...

DIA DAS MÃES

    Desculpem se eventualmente soe como pieguice (excesso de sentimentalismo) mas dentro do coração, e dentro de caixinhas de sapato enfeitadas, coleciono e guardo com todo o carinho os cartões e cartinhas que ganhei ao longo dos meus anos de maternidade, esta completude máxima que toda a mulher/mãe já experimentou...  E lá já se foram 30 anos...
     São  "Coisas do Coração"  de mãe...   (rssss)


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O HOMEM DA LEI

    O Jornal do Comércio publicou em novembro de 1997, por ocasião de lançamento na Feira do Livro do livro "Flagrantes Institucionais",  bate-volta que mostra um pouquinho do "homem por tras da lei" (meu amado pai):

Programa de fim-de-semana: Fuga para o meu sítio, em Viamão (pequeno, só para lazer).
Cinema ou vídeo:   Prefiro livro.
Ator:  Paulo Autran (no teatro!)
Atriz:  Fernanda Montenegro (no teatro!)
Perfume:  Para mim, lavanda
Hobby:  Leitura e navegação na Internet.
Sonho de consumo:   Não tenho.
Comida preferida:  Churrasco (bem feito!)
Restaurante:  O da Germânia. Os melhores, Floresta Negra e Convés, acabaram.
Casa noturna:  Não frequento.
Bebida:   Scotch
Casamento:  Depende com quem! O meu é ótimo.
Mulher ideal:    A minha.
Parque:  Não frequento
Viagem que marcou:   Terra do Fogo
Projeto de viajem:  Europa, com mais tempo e dinheiro
Esporte:   Tênis
Livro de cabeceira:   Muda a cada semana
Praia ou Serra:  Torres aqui e Pajuçara, em Maceió
Mania:  Guardar papéis (na maior desordem)
Defeito:  Quase todos os pequenos
Qualidade:   lealdade
FHC: É aquele ingrediente químico dos "sprays"?
RS:   Já esteve melhor
Política:  Não é comigo

COISAS DO CORAÇÃO


Quando o navio finalmente alcançar terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não
Coisas do Coração
Coisas do Coração

Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais
Paixão e nada mais

Somos a reposta exata do que a gente perguntou
entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração
Coisas do Coração
Coisas do Coração

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

HÁ ESTRELAS NOS CÉUS (Laura Fabrício, 1999, in memorium à Juca Fabrício)



Os anjos sorriam
Para receber o meu Amado
E Deus levantou na torre
E caminhou ao encontro dele
Abraçou longamente
E, os dois, de braços dados
Passeiam pelo Campo

Lá vai, o meu Amado
O gesto largo e generoso, andano sem pressa
Numa candura sem fim...
"Escuta, escuta"
Olhando-me na face
E se inclina para mim:
"Não desmeja as tuas máguoa
Sorria para a vida que a vida vai sorrir..."

Tu és o brilho
És a alta arte
Brilhas tanto que ofusca a claridade
No campo árido e deserto
És um farol cintilante
Te ergues na escuridão da noite
E transformas em clarão os céus
E te juntas a todas as estrelas...

Luminoso, feito cristal!
Instala no firmamento:
Estrela Verde!
E Deus, espantado, sorri

A HORRÍVEL TRISTEZA (Juliana Cruz - 8 anos)

"Solidariedade: Amor entre irmãos"
      ...são coisas do coração...



      Eu fiquei muito triste qando o meu irmão mais velho, de doze anos, quebrou o braço de escrever.
     Vi ele andando a cavalo e estranhei quando o cavalo começou a correr porque meu irmão não era acostumado! De reprende meu irmão começou a berrar:
     - Mãe, me ajuda, o cavalo não quer parar! Socorro! Haaa!!!
      Então minha mãe gritou:   -  Puxa a rédea filho, puxa a rédea!
      Eu fiquei apavorada, e o pior é que eu não  podia fazer nada.
     Meu irmão não aguentou e pulou do cavalo. O meu pai saiu correndo ao mesmo tempo que a caminhonete do primo Chico, mas foi o meu pai quem chegou primeiro.
     Eu fiquei muito triste e chorei  junto com o meu irmão.

OS DIREITOS DAS MÃES



"SER MÃE É PADECER NO PARAÍSO", mas, meus amados filhos que me perdoem, Moacyr Scliar tem razão:
(adaptação)

Art. 1°- Toda mãe tem direito a ir dormir à meia-noite no domingo, não importando que o filho queira ouvir Bob Marley em volume máximo,  esticar a festinha na cobertura até a madrugada ou mesmo fugir de casa;
Art. 2º - Toda mãe tem o direito de não ser "bom piloto de fogão" e quando tentar preparar aquele prato especial, ainda que erre a mão no sal, tem o direito de ouvir sinceros elogios pelo seu esforço;
Art. 3º - Toda mãe tem o direito de ignorar quais são as "regras da metodologia para TCC" evitando, assim, de colaborar com o filho que, no último dia para a entrega do trabalho, descobre que não deu tempo para a revisão e quer ajuda às duas da manhã;
Art. 4º - Toda mãe tem o direito de se recusar a ver "Matrix", seja pela primeira vez, segunda ou terceira ou, sendo persuadida,  de dormir discretamente no sofá;
Art. 5º -  Toda mãe, se trouxer um  atestado médico comprovando que sofre da coluna e que seu mal é incurável, tem o direito de se recusar a juntar e limpar o cocô da cachorrinha "esquecido" no meio da sala;
Art. 6º - Toda mãe tem o direito de pedir a posição aproximada, em  termos de latitude e longitude, aos filhos que passam três dias sem dar notícias;
Art. 7º -  Toda mãe tem o direito à paciência dos filhos quando ela chorar ao ver as antigas fotos e desenhos da escolinha de seus lindos "bebês";
Art. 8º - Toda mãe tem o direito de cobrar aquele básico "cafézinho na cama" uma vez por ano, com bolo, torrada, ovos mexidos, geléia, suco, gulosimas, flores, ainda que tenha de inventar uma gripe terrível;
Art. 9º - Toda mãe, mesmo a mais tolerante, tem o direito de procurar "aquela" sua roupa nova dobrada no armário, e achar,  ainda que faça de conta ignorar que a filha pegou emprestado  pra ir à balada;
Art. 10º - Toda mãe tem o direito à ansiedade, à preocupação, ao júbilo e à ternura; vale dizer, toda mãe têm direito aos filhos. Se não, como teria direito aos direitos?
(rsssss...)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Coisas Do Coração (Música de Toquinho)

No meu peito o sol do amor ardia
Hoje insiste em não brilhar
E por quê que era tão lindo andar
Junto ao mar no fim do dia?

Me acalmava ver cair a chuva
Nos telhados, nos quintais
Por quê é que a luz dos olhos meus
Não te ilumina mais?

Coisas do coração
Quando vêm nos fazem bem e mal
Chegam como um grande carnaval
Desfilando alegria e cores
Energia, magia e dores.
Coisas do coração
Passam como as nuvens lá do céu
Fazem da lembrança um carrossel
Que o tempo que aí vem vindo
Pouco a pouco irá cobrindo
Tudo, tudo com seu imenso véu.

Quantos sonhos me acenaram ao vento
Quase sempre os persegui
Uns renascem todo dia em mim
Outros já me esqueci.

Coisas do coração
Passam como as nuvens lá do céu
Fazem da lembrança um carrossel
Que o tempo que aí vem vindo
Pouco a pouco irá cobrindo
Tudo, tudo com seu imenso véu.