Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Amor X Dor

  
    Se o amor nos enche de alegrias, palpitações, entusiasmo, calor, aconchego  e cor, a luz que nos faz sentir viva,  com jeito de "boba", porque quase sempre também nos traz  experiências de dor e sofrimentos? Ando refletindo sobre isto pra entender melhor e mais a fundo meus relacionamentos findos e aos mecanismos do meu próprio coração (e os de muitos que me rodeiam). Quem já não refletiu sobre o amor, ao menos uma vez na vida? De uma forma ou outra: ninguém! E assim é por inerente à condição humana a busca do amor, seja nos outros, em si mesmo, nos livros e filmes.
    Talvez a explicação para o amor/dor esteja na insegurança interna, nos nossos medos de perda, abandono e/ou rejeição. Talvez  o sentimento muitas vezes secreto de posse e ciúmes sejam os venenos fatais, por certo derivados da insegurança interior. E o ego ali nos enganando: só através do outro poderemos nos sentir seguros. E assim nosso sonho de paraíso vira o inferno. Aquele onde um consome o outro quase como a uma mercadoria. No entando, a vida não nos dá garantias de absoltamente nada a não ser, a certeza única e perturbadora de nossa finitude.
   Então apenas o amor maduro, ainda que conjugado com a paixão, onde um pode contar com o outro sem que haja dependência emocionl mútua, onde se afastem as expectativas irreais de preenchimento de nossas carências e desejos infanfís pelo outro (vampirismo) possa afugentar a dor e o sofrimmento. Será? E como chegar a tal "perfeição"? E como se dar conta da possibilidade do amor maduro? Só pela experiência de erros e acertos, pela experiência da dor! É o crescimento, aquele que só vem mesmo com o viver. E viver dói. Aprender dói! Não tem jeito outro.
  Tal possibilidade, de amor maduro, aquele em que um não consome o outro se torna agulha no palheiro. Ou seja, as chances de se encontrar a cara-metade que já tenha adquirido tal consciência e, principalmente, consiga agir racionalmente de acordo com tal consciência são pequenas! A sincronia é rara! Não só a racional quanto a de pele. E ambas juntas... Utopia!?
  E qual a medida certa da relação? Um não deve depender emocionalmente do outro mas também não pode ser independente a ponto de transmitir indiferença ou falta de comprometimento, de ajuste, de troca. A primazia da liberdade individual não dá espaço ao amor, ao desejo de "crescer junto",  à paciência, ao respeito, ao saber ouvir e à tolerância, ingredientes próprios aos que querem genuinamente o bem do outro.
   E a consciência e a maturidade nos proporciona maiores garantias? Meu coração grita: não! Porquê? Ora, a espontaneidade do amor não é racional. Minha razão pondera: pode ajudar. Porquê? Ora, a experiência ensinou a saber "lidar" com situações de relacionamento.
   Enfim, penso e penso e concluo: continuo querendo amar e ser amada, não mais por medo da solidão. Esta me fez bem. Na verdade pouco a senti pois pude estar comigo mesma e enxergar. Quero amar por que estou viva. A dor/sofrimento faz naturalmente parte da vida, sendo que o mal do amor/dependente, que suga, que nos faz viver assustada, apreensiva, tentando adivinhar o que o outro deseja, apenas para obter sua aprovação ou evitar seu mau-humor, que necessita da presença constante pra sentir-se bem,  não faz mais parte do meu coração. Quero o amor que não me retira a dimensão de meu próprio valor, a certeza de que não sou mero complemento do outro!
   E você?

Antoine Saint-Exupéry:   "O amor é o processo em que você me mostra o caminho de retorno a mim mesmo".
  
 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fotografia I


   Dando sequencia à mostra de minhas "preciosidades" fotográficas, exponho a imagem fantástica de uma das várias e belas igrejas da pequena cidade mágica de São Cristóvão, distante apenas vinte e seis quilometros de Aracaju (Sergipe). É a quarta cidade mais antiga do Brasil (fundade em 1590) e exibe farta relíquia arquitotônica colonial em toda a sua extensão. Caminhei por suas ruelas e praças, em altos e baixos de sua magnífica topografia, no verão de 2009, num mergulho espetacular ao passado. Viagem encantadora, inebriante e que recomendo 100%! A cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1967, tendo sido inscrita no livro de tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico. É tão espetacular que em agosto de 2010 o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) integrou a praça São Francisco ao acervo do patrimônio cultural da humanidade.

Sonho, Futuro, Felicidade

   
     Em 1998 Juliana realizou tarefa de casa em que deveria redigir algumas linhas sobre o seu sonho, suas expectativas para o futuro e sua visão de felicidade. Contava então com quinze anos, cheia de sonhos, receios e ânsia de vida como é peculiar aos adolescentes. Como boa libriana,  tem os pés no chão, predominando quase sempre seu lado racional e crítico, ainda que a indecisão seja sua principal característica, talvez pela missão da busca do equilíbrio constante.  Seus sonhos, porém,  em sua meninice eram (penso que ainda são) comuns aos que orbitam no mundo femininos, o mundo em que predomina as "coisas do coração":

   Sonho...
   Sonho?
   É aquilo que se quer na sua parte mais profunda, as vezes até inconscientemente.
   Meu sonho, não estou certa, mas acho que quero só levar a vida, quero ter uma residência, um filho, quero um carro, me realizar em uma profissão que me der prazer, quero um alguem.
   O mais importante: quero ser feliz! Feliz?
   Sim, ser feliz não é como estar sorrindo todo tempo, é se sentir bem consigo, com ou outros, com sua vida, com as coisas que se faz
   Quero "fazer", aparecer no mundo. Quero conhecer o mundo.
   Quero paz.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Outra Vez

      " Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovaçao e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui em diante vai ser diferente" - Carlos Drummond de Andrade

     A renovação aqui representado na contagem do tempo pelo homem é necessária para que possamos dar uma pausa e refletir sobre os acerto e sobre os erros cometidos e, fundamentalmente, recarregar energias em forma de esperanças para continuar a caminhada da melhor maneira possível. O número do ano, 2011, me lembra algo que li sobre numerologia no sentido de que, valendo apenas a contagem de um a nove, o que, no caso resultaria o número quatro, que tem um significado próprio, o onze representa "duas vezes o primeiro". Assim, este seria o ano de liderança e extrema renovação. Me apego a este pensamento na expectativa de que o novo me chegará revestido de verdade, maduro e harmonioso, justo e recompensador! E agora sim, será diferente.