Total de visualizações de página

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

BILHETINHOS

    Quando havia sessão de julgamento na Secretaria de Câmara em que trabalhei no TriBunal de Justiça, na época em que meus filhos eram pequenos, muitas vezes os julgamentos se alongavam a adentrar a noite. Eles gostavam, então, ao irem me apanhar junto com o pai, de me espiarem na sala de sessão. Eu lá, sentada junto ao desembargador presidente, na seriedade que o momento exigia, me segurava pra não mandar beijos naquelas carinhas queridas, sapecas e sedentas de mim, mãe meio ausente. Estudava à noite, às vezes pela manhã. Trabalhava à tarde. Sufoco!
   Não raro eles me mandavam, através do oficial de justiça, pequenos bilhetinhos, desenhos, beijinho de baton, uma balinha... Guardo estas minha relíguias até hoje, com muito carinho e uma pontinha de "culpa" por não lhes ter dado a atenção devida e única que, em suas tenra infância, mereciam. Bruno, muito agitado e curioso, cheio de cachinhos louros, sempre fazendo perguntas: "Como isto funciona?"   Ju, calminha e meiga se arvorava de "mãezinha" do Zenzo, com zelo e ternura escapolia pra creche a verificar o choro ou travessura do irmão. Este o bebê mais lindo e alegre posto na face da terra. Cedo engatinhou e "patrolava" todo e qualquer obstáculo pela frente, sempre rindo feliz, mesmo ante as broncas do irmão pela "destruição" de seus brinquedos até então tão bem cuidados...
   De autoria do Zenzo, hoje homem corajoso e independente, cheio de amigos e tão querido por todos, o bilhetinho que acima exibo orgulhosa e saudosa!
   Coisas do coração mole de mãe (rsssss).

Um comentário:

lidia disse...

Fofa, tu põe a Marta Medeiros no chinelimho...